DC Comics apresenta seu primeiro personagem transgênero. Quem leu a Edição 19 da revista Batgirl, em abril, descobriu que a heroína tem uma amiga transexual.
Eles já foram banidos das histórias em quadrinhos pelo famigerado Comics Code Authority, mas hoje, personagens LGBT estão conquistando cada vez mais seu espaço no mundo dos super-heróis. E, desta vez, a DC Comics resolveu dar sua contribuição, com o primeiro personagem abertamente transgênero no universo das histórias em quadrinhos mainstream.
Em Bartgirl # 19, o personagem Alysia Yeoh, em uma conversa com sua companheira de quarto, Barbara Gordon (Batgirl), revela que é uma transexual. Gail Simone, escritora de Batgirl, tem o cuidado de distinguir a orientação sexual de Yeoh de sua identidade de gênero, e observa que o personagem também é bissexual.
A inspiração de Simone surgiu após uma conversa com o colega e escritor de quadrinhos Greg Rucka, co-criador de Batwoman como uma personagem lésbica, em uma convenção, depois que uma fã indagou por que havia menos super-heróis gays do que lésbicas. Rucka observou que seria um sinal real de mudança ter um personagem masculino gay na capa de uma revista em quadrinhos - e um passo maior ainda um personagem transgênero.
"Olhei para os fãs, dezenas de rostos que conhecia bem - muitos LGBT - todos leitores ávidos de quadrinhos, fãs de super-heróis e simpatizantes DC", disse Simone. E Rucka cutucou-me: "Por que é impossível ? Por que não podemos fazer um trabalho de representação melhor não apenas da humanidade, mas também de nosso público fiel ?"
Simone sugeriu a história a Dan DiDio, co-editor da DC Comics, preparada para oferecer uma defesa apaixonada pela idéia de um personagem transexual. "Pensei que poderia ter de vendê-lo, por assim dizer", disse Simone. "Mas ele parou por um momento, perguntou como isso afetaria a história dea Barbara (Batgirl), e imediatamente aprovou.
Ainda assim, Simone acredita que a diversidade não é uma questão de continuidade para os quadrinhos de super-heróis. "É a questão para os quadrinhos de super-heróis. "Veja, nós temos um problema que a maioria dos meios de comunicação não têm, que é o fato de quase todos os argumentos em cima de nossa indústria terem sidos criados mais de meio século atrás... em um momento em que os personagens eram quase sem execeção brancos, héteros, corretos, e assim por diante. É ótimo que as pessoas adorem esses personagens. Mas se continuarmos a construir somente em torno deles, será como olharmos eternamente para um episódio de The Andy Griffith Show.*"
Simone acrescenta ainda que acha que os leitores de quadrinhos de super-heróis não tem problemas com o aumento da diversidade, mas com histórias que promovem sermões baseados em certas narrativas. "Alysia será um personagem, não um anúncio de serviço público...ser trans é apenas uma parte de sua história. Se alguém a amava antes, e não amá-la depois, bem... isso é uma vergonha, mas não podemos deixar que esse tipo de pensamento mantenha os quadrinhos na década de 1950 para sempre."
Embora Alysia Yeoh seja o primeiro personagem transexual dos quadrinhos mainstream de super-heróis, Simone observa que tem havido personagens transgêneros em edições de quadrinhos independentes e para adultos, e até mesmo no universo do super-heróis Marvel e DC. Vários desses personagens conseguem sua fluidez de sexo através de meios fantásticos, como a mágica, encantamentos e clonagem. "Esses personagens existem [e] isso é ótimo, mas eu queria ter personagens trans que não fossem baseados em fantasias. E eu sinto que há muito por fazer."
Para esse fim, Simone diz que vai criar outro personagem transexual para uma história em quadrinhos diferente que está escrevendo - embora não possa falar qual. "É hora de um super-herói trans em uma história em quadrinhos mainstream. Acho que é hora de fazer acontecer aquilo que Greg Rucka apontou anos atrás. E isso vai acontecer... Sei que é controverso em algum nível, para algumas pessoas, mas não poderia me importar menos sobre isso. Se alguém ficar chateado, paciência, existem milhares de outros quadrinhos lá fora para essa pessoas".
*The Angry Griffithy Show, série de TV norte-americana, apresentada pela rede CBS, nos anos 1960.
4 comentários:
nice post...thanxss
travestis valencia
achei bacana.
Adorei.
Olá meu caro...
Venho aqui, no vosso espaço, comunicar que o Blogger resolveu de maneira unilateral, extinguir com o Blog Transcoolblog.
O Blogger o fez sob a acusação de que havíamos violado os termos de uso, fazendo do espaço um "blog Spam".
Eu não sei o que é um blog Spam, sinceramente... Só sei que sempre me pautei pela integridade, e não ganhei dinheiro com o blog, não fiz exploração alguma das imagens postadas, e se coloquei links nos posts o fiz para agir com correção pelos donos das fotos, que são empresas de vídeos eróticos e que disso vivem...
Não há oportunidade de apelação, pelo que parece. Para a minha tristeza, havia adquirido um HD de 1 tera e meio, justamente, para fazer um back up do conteúdo do blog...
Em resumo: uma história escrita desde 2007, virou pó...
Abraços, e adeus.
Siga em frente.
;)
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